FURNA - O lugar onde vivo
Antes de começar no curso pensei muitas vezes nos desafios que teria pela frente entre eles o fato de morar longe do centro, pois moro a 20 km de Santo Antônio da Patrulha na localidade de Furna, zona rural do município, em uma comunidade formada por pessoas com grau mínimo de instrução, dificultando assim, o crescimento da comunidade.
As pessoas sobrevivem da agricultura familiar, da extração da samambaia, algumas são aposentadas e outras trabalham em fábricas de calçados fora da comunidade. Não possuem saneamento básico e a água que utilizam provém de vertentes naturais ou sangas no meio da mata nativa.
São pessoas modestas, com poucos recursos sócio-econônicos, algumas casas não possuem banheiro e nem rede de esgotos, também não dispõem de coleta de lixo, os mesmos são queimados, enterrados ou usados na lavoura como adubo orgânico.
A falta de oportunidades e a necessidade de trabalhar para ajudar no sustento da família levam os jovens a desistir dos bancos escolares.
Apesar de contar atualmente com uma Kombi escolar que busca os estudantes, alguns pais consideram a quinta série como grau de instrução suficiente para seus filhos e outros ainda só decidiram mandar seus filhos para o colégio depois de receberem a visita de conselheiros tutelares.
O motivo que fez com que fosse utilizado transporte escolar em nossa comunidade foi o fechamento da única escola da localidade devido ao número bastante baixo de alunos, pois atendia doze crianças em diferentes séries(primeiro ano a quinta). Os moradores são na maioria jovens, adultos e idosos.
Por ser de difícil acesso, a localidade não dispõe de transporte coletivo, os moradores utilizam motos, bicicleta, cavalo, para levá-los até o ponto de ônibus que fica a uma distância de 3 km para então irem ao centro da cidade. Alguns poucos moradores possuem carro.
A maioria das famílias de Furna é de origem polonesa, prevalece na região a religião católica. Através da religião é desenvolvido um belíssimo coral, que surgiu há muitos anos, por iniciativa de professores que na época lecionavam na escola Duque de Caxias, hoje infelizmente desativada.
Atualmente o coral é composto por trinta figurantes. Acompanhados por gaita, violões, violino dentre outros instrumentos, tendo a frente à professora Teresinha Falkoski, ex-professora da comunidade. Nenhum dos integrantes tem formação em música, cantam porque amam suas raízes e principalmente como demonstração de sua fé.
A localidade tem ao seu entorno cadeias montanhosas as quais dificultam sinais para telefones. Mas sou persistente mesmo com tantos empecilhos não vou abrir mão de buscar a minha formação.
Enfim, para concluir de forma simples, esta é um pouco da história do lugar onde moro, a mais ou menos doze anos.
Olá colega,
ResponderExcluirQue possamos trocar bastante ideias e experiências ao longo do curso!
Te seguindo...
Bjs,Lu Assis
Oi Léa!
ResponderExcluirLinda história!!!
Isso mesmo, vai em busca dos teus objetivos sempre.
E conta comigo, viu colega!
Bijos
Colega,
ResponderExcluirQue tua persistencia sirva de exemplo pra muitos de nós, serviu de inspiração para mim, que moro a 80 km de Santo Antonio, para não pensar em desistir do que realmente quero.
Bjão